domingo, 10 de outubro de 2010

Moço

Moço, seus olhos negros silenciam a neblina
Fazem o Sol raiar
Há quem teima ao seu sorriso
E não deixam à luz penetrar,
Mas eu não que não ligo para nada
Não me escondo ao teu coração

Moço, por que não me ver?
Ô moço, eu quero você
Sempre estou aqui esperando você passar
Não adiante fugir
Só durmo ao te ver chegar

Moço, por que não me ver?
Ô moço, eu quero você
Dá agonia a sua ausência
Desde que tu aqui passou

Na manhã colorida com nuances de aquarela
Eu notei seu caminhar
O fôlego eu retomei
Para acompanhar a alucinação
Que você me causou

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sylvester não está tão longe assim


Há alguns dias, fomos surpreendidos por uma declaração no mínimo constrangedora sobre o Brasil. Comentando sobre como foram às filmagens do filme Os Mercenários, o ator Sylvester Stallone disse “Filmamos no Brasil porque você pode machucar as pessoas enquanto filma” e não terminou por aí “Você pode explodir o país inteiro e eles ainda dizem para você ‘obrigado tome aqui um macaco para você levar para casa’”.

A declaração não foi muito feliz, mas infelizmente é isso aí. Aqui no Brasil as pessoas (não todas) quando vêem um estrangeiro logo começam chamando de doutor, com paparicos, dando preferências e eles acabam por se acharem donos das terra, das mulheres, das empresas e das matas. Sem falar que são os próprios brasileiros que os ajudam a roubar nossas coisas. Nós sabemos de tudo isso, mas ficamos irritados quando um estrangeiro com grande expressão na mídia fala uma coisa dessas (e essa não foi a primeira e nem será a última vez) e não é pra mesnos.

Ele não está certo em dizer uma coisa dessas, afinal foi algo racista e preconceituoso. Ele resume o Brasil e os brasileiros à visão eurocêntrica/estadunidense e simplista de quem só enxergam uma das faces do Brasil. País esse que parece mais um cubo mágico. Multicolor, multicultural, e que apresenta comportamentos diferentes sobre vários aspectos.

Enquanto uns paparicam demais os turistas internacionais que pousam aqui na terrinha outros não agem da mesma forma. Eu, por exemplo, morro de medo de turistas, é sério! Sempre que vejo um no centro tento passar por longe (nem sempre dá certo). Não é que eu não goste deles, mas é porque se formos olhar na história eles sempre trazem doenças esquisitas que fazem cócegas neles e muito mal para nós. No mínimo eu prendo a respiração quando não faço malabarismos para me esquivar deles. O pior de tudo é quando eu me bato com eles dentro do elevador... Não é xenofobia, não. É apenas trauma histórico. Principalmente quando são turistas europeus.

Espero que com isso os nós, brasileiros, aprendamos alguma coisa e comecemos a mudar nossas atitudes em relação a nós mesmos e em relação ao tratamento que nós damos aos estrangeiros aqui no Brasil. Que eles ganhem nosso respeito por mérito pessoal, não simplesmente por "puxa-saquismo".

sábado, 17 de outubro de 2009

Suicídio


Ela não quer se matar
Ela só quer que alguém resolva o seu problema
Quem quer se matar se joga

Numa linha de trem
Quando ele vier em alta velocidade
Não tem mais tempo de freiar
Ou diminuir a velocidade

De uma ponte
Do tipo Rio - Niterói, bem lá no meio
Onde a profundidade do mar é tanta
Que não dá tempo do socorro chegar

Na noite escura
Quando todos dormem, ou se divertem em locais fechados
Do auto duma torre telefônica
Onde só terão como testemunhas as estrelas e um bêbado qualquer.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Descaracterizaram as sacolinhas





Não sei se vocês lembram, mas foi implantando um projeto para economizar as sacolas plásticas de supermercado. Como solução criou-se as “sacolinhas retornáveis” de tecido, que são postas a venda nos próprios supermercados para o cliente por seus produtos e deixarem as sacolas plásticas de lado, por que essas não são biodegradáveis e levam um bom tempo para entrarem em decomposição.

Até aí tudo bem, o pessoal comprou as ditas “sacolinhas retornáveis”, mas ninguém usa para os devidos fins, usam para tudo, menos para conservar o meio ambiente. Vão para o trabalho, faculdade, shopping, praia etc. com elas, mas para o mercado que é bom ... o pessoal leva também! Não para colocar os produtos comprados, mas os seus acessórios.


A descaracterização chegou ao ponto de “caracterizarem” as sacolas com figuras diversas e rendinhas coloridas. A natureza lamenta pelo descaso e a moda agradece pela versatilidade!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Taís Araújo...é Diva!



Verdade seja dita, e invejas a parte, Taís Araújo é super talentosa, glamourosa e versátil. Consegue transitar por varias camadas da dramaturgia com classe e estrela. Já foi desde escrava liberta a dondoca, passando por uma nordestina com fogo nas ventas. E agora interpreta uma top model internacional, vale ressaltar, a primeira Helena negra de Manuel Carlos.

Mas por que ressaltar esse pequeno detalhe? Taís que já confessou que no inicio da carreira, ainda como modelo, sofreu discriminação por ser negra agora é ovacionada por sua beleza, talento, imponência e atitude em um pais tão pseudo homogêneo como o nosso.

Se nós formos comparar com países como os Estados Unidos, o Brasil está em pé de igualdade, ou pior, na mesma escala de preconceito. Os EUA têm um percentual significativamente menor de negros em reação a brancos e ainda assim produz um grande numero de artistas e personalidades que estão no topo da mídia, vale citar: Oprah Whinfrey, Beyoncé Knowles, Will Smith, Denzel Whashigton, Barack Obama, Michael Jackson (e mais um legião que não dá para citar por falta de espaço).

É verdade que no dia a dia o preconceito ainda existe (e muito), mas ao menos no Show Business os negros conseguem ocupar um grande espaço. Eles já estão até acostumados em ter divas negras (Whitney Houston, Aretha Franklin, Diana Ross, Tina Turner,Dione Warwick. E no Brasil? Temos grandes talentos e poucos se sobressaem, geralmente estão camuflados pelo racismo − que aqui é pior porque tem-se a falsa impressão de que somos todos iguais, porem a verdade é que somos julgados pela cor da pele −. Como se o fenótipo fosse influenciar na capacidade intelectual, moral e artística de um pessoa.

Claro, temos varias personalidades afro-descendentes influentes no Brasil− não que a cor da pele melhore ou os faça mais merecedores de qualquer coisa −, só estou querendo dizer que o quê nós vemos na TV é só a ponta o iceberg. TV essa que é a grande disseminadora do preconceito. Pois negros para aparecerem, geralmente, precisam de cotas ( e aparecem como empregados), novela de época ( porque dá muito trabalho pintar tantas pessoas para interpretarem escravos), desfile de escola de samba ou noticiário. As coisas estão melhores, um dia foi muito pior, temos Glórias Maria, Netinhos de Paula, Lázaros Ramos... e com certeza mais alguns tantos que merecem ser saudados por serem celebridades (e influentes) num veículo tão discriminador.

Quando eu era criança, ingênua e sem noção, eu até pensava que no Brasil existiam mais brancos do que negros. Eles me fizeram acreditar que ter nariz fino e olhos azuis era mais bonito. Mas, Graças a Deus, eu encontrei a luz! E vi que bonito é algo muito relativo. Hoje, brincadeiras a parte, sabemos ou deveríamos saber, que como diz o poeta “a pele é apenas o roupa que veste o homem”.

Portanto, Tais Araújo é Diva não apenas por seu talento, influencia e personalidade, mas também por dar um tapa no preconceito. Tapa esse que temos que dar todos os dias.


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um lindo dia

By: Mariah Carey e Boyz II Men


Desculpe eu nunca te disse
Tudo que queria ter dito
Agora é muito tarde para te abraçar
Porque você se foi
Para muito longe

Nunca imaginei
Viver sem seu sorriso
Sentindo e sabendo que você me ouve
Isto me mantém viva
Viva

E eu sei que você está me iluminando do paraíso
Como muitos amigos que perdemos pelo caminho
E sei que eventualmente estaremos juntos
Um lindo dia

Querida eu nunca te mostrei
Achando que sempre estaria
aqui
Tinha sua presença como certa
Mas eu sempre me importei
E sinto falta do amor que compartilhamos

E eu sei que você está me iluminando do paraíso
Como muitos amigos que perdemos pelo caminho
E sei que eventualmente estaremos juntos
Um lindo dia

Embora o sol brilhará da mesma forma
Sempre verei um dia mais
brilhante
Deus sei que quando me deitar pra dormir
Você sempre ouvirá enquanto eu rezo

E eu sei que você está me iluminando do paraíso
Como muitos amigos que perdemos pelo caminho
E sei que eventualmente estaremos juntos
Um lindo dia

Desculpe eu nunca te disse
Tudo que queria ter dito

Então não me conte... as "mimi" alheias.

By: Naiara LuaNova


Eu fico abismada com a capacidade do povo de contar tragédia. Parece que eles sentem um gosto peculiarmente saboroso ao falarem sobre coisas ruins. Certa feita eu estava no ponto de ônibus de manhã cedo esperando o Campo Grande, quando apareceu um idoso vindo não sei de onde com uma bengalinha na mão, só para contar que ele ouviu no rádio que havia acabado de acontecer um acidente de ônibus. Todos ficaram boquiabertos com o entusiasmo desse senhor em contar a novidade. Sem falar naquelas pessoas que ficam procurando nas páginas policiais calamidades para lerem em voz alta e todos ficarem sabendo do ocorrido

domingo, 12 de julho de 2009

Indecisão

By: Naiara LuaNova


Subir para cima
Descer para baixo
Ou ficar estático?

Falar alto
Falar baixo
Ou ficar calado?

Olhar para longe
Olhar para perto
Ou ficar calado?

Sorris muito
Sorrir pouco
Ou ficar triste?

De tudo o nada
De na o tudo
Ou o meio termo?

Quase dói tanto

By: Naiara Lua Nova


Quando olhei para aquele boneco
E ele me deu esperanças
Comecei a montar um mundinho
Em que só cabia nos dois

Quando ele foi embora
Sem deixar nenhum beijinho
Percebi que minhas imaginações
Não passaram de um quase

Quando te conheci
Descobri que a vida era boa
Comecei a construir um castelo
Caberia nós dois e os nossos frutos

Quando você sumiu de repente
Meu castelo desmoronou
Ele não era tão sólido assim
Eu não sabia que o quase pudesse doer tanto

Ecos

By: Naiara LuaNova


Eu não sei o que dizer.
Estou muda.
Não por falta de sentimentos,
Não por falta de coração,
Mas por falta de palavras.
Pela ausência de uma boca
Para transmitir isso
Não estou criando nada
São apenas ecos do que
Você me disse
Um dia.